2006-12-02

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

O VEREADOR DA CULTURA É UM BRINCALHÃO
Ai que belos são os dias de ócio.



Contudo, há novidades.

Ontem, de manhã, a Margarida teve a sua primeira aula de catequese que, de acordo com a sua opinião, acabou por superar as suas expectativas.
Foi uma sessão de apresentação, ligeira, como convém, e que teve espaço para um passeio no parque e tudo.
Reencontrei-a com um sorriso e agrado e, no regresso à família, deu-me conta da necessária presença na missa matinal do dia seguinte, hoje, especialmente, dedicada aos iniciandos.


E assim foi e esta manhã, a mãe e a filha mais velha assistiram à missa das onze.



Tanto num dia como no outro o pai aproveitou para espreitar os jornais da praxe, no Domingo com a companhia da Matilde que se entreteve com as suas etapas da volta ao largo em triciclo.


Soba as dedadas da aragem fria, é certo, mas no embalo das cantorias de passarada que voltou a colonizar os quintais e o jardim da zona velha da Vila.



O diferendo irraelo-árabe dá mostras de querer evoluir para o beco dos argumentos da pedra e do chumbo.

Entre os palestinianos não há classe média significativa que seja esclarecida e livre e, infelizmente, do lado oposto o radicalismo da ortodoxia ainda tem uma considerável influência eleitoral. Não estranha que o caldeirão aqueça, quando o desejável seria a sua desconstrução.

Eu choro por isso. A Palestina é a terra prometida onde Deus selou a Aliança com Abraão e, por ele, com toda a humanidade.
Mas os homens ainda são tão infantis que dificilmente se poderá almejar algo mais que uma vizinhança cordial entre primos de um mesmo Livro.

Jerusalém, que é um dos principais pomos da discórdia, deveria, por isso, ser declarada cidade universal, onde se ensaiasse a convivência e a tolerância entre gentes de qualquer parte e entre todos os monoteísmos que tanto se têm digladiado.



Esta tarde, como a Matilde fez a sesta em casa dos meus pais, onde almoçamos, eu e a Luísa fomos ao cinema.
“Verdade Escondida”, de Robert Zemeckis, com Harrison Ford e Michel Pfeifer. Um filme muito agradável de seguir, ainda que a história tenha um ou outro ponto mal concebido –um deles fundamental, como a notícia escondida atrás de uma fotografia que espoletou a descoberta principal de todo o enredo.
Mas foram duas horas bem passadas com uma película que é um misto de aventura policial e um caso de domínio do paranormal, de que resulta um trilher em que o suspense do desenlace está muito bem escondido nos meandros em que vai saltitando a referida combinação.

Sou da opinião que se trata da influência dos “Ficheiros Secretos” na ficção cinematográfica da actualidade.



Mas antes tive ensejo de escrever mais uma crónica para o “Notícias da Moita”.

Então não é que os marotos do pelouro cultural da Câmara da Moita não voltaram a anunciar, como se da primeira vez se tratasse, a musealização do moinho de maré de Alhos Vedros, exactamente como acontecera há dez anos sem que resultado algum tivesse aparecido?

Pois da minha parte não ficarão sem resposta.



E como se aproxima a discussão do orçamento, o primeiro-ministro chama garotada às oposições que lhe devolvem o epíteto da irresponsabilidade.



Em Titã, um dos satélites de Saturno, há uma dinâmica metrológica em que se formam nuvens de metano e que propicia os mares de metano líquido em que se formam à superfície.



Eu, cá na Terra, vou deambular pela Galiza, pela pena do Cela.

Alhos Vedros
00/10/22
Luís F. de A. Gomes