O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA
A Margarida deve estar a sofrer os efeitos do impacto da aprendizagem da leitura e da escrita.
Se a incorporação destas artes na brincadeira é já algo habitual, ainda há pouco pediu-me que escrevesse uma história e é claro que, perante a sua insistência, eu não tive alternativa a escutar-lhe as palavras e a grafá-las.
Mas foram uns minutos cheios de graça e não só pelas expressões e ênfases da narradora. É que apesar das infantilidades, o que seria estranho caso lá não estivessem, e enredo é lógico e, por fim, há uma lição a tirar.
Quando acabámos, por entre sorrisos de encantamento, eu não fui capaz de deixar de lhe dar um abraço cheio de ternura.
A Matilde anda melhor do seu equizema.
Vá lá, hoje tive dez minutos para beber a bica e ler o jornal à hora do almoço. Nos dias que têm corrido, tomo-os como um verdadeiro luxo.
E dediquei a minha atenção a um artigo de Kofi Annan.
O desafio da humanidade é a erradicação da pobreza, é a sua tese, para o que a globalização pode dar um contributo positivo, se os países ricos abrirem os mercados aos produtos agrícolas das economias em desenvolvimento.
O problema não será assim tão linear, lembremo-nos que há multinacionais capazes de reunirem um poder muito superior ao de muitos estados soberanos, com tudo o que isso pode implicar mas não tenhamos dúvidas que passa por aí.
E depois lá está aquilo que de há muito venho defendendo, a importância da educação. Não naquele sentido idealista que, só por si, contribuirá para elevar a consciência das populações, mas no de criar quadros técnicos, massa cinzenta, sem o qual não há recursos humanos para um processo de desenvolvimento harmonioso.
A aula foi inteiramente dedicada a exercícios relacionados com a aprendizagem do último algarismo, o nove.
Enquanto isso, continua a marcha zapatista em direcção à cidade do México.
Alhos Vedros
01/03/08
Luís F. de A. Gomes
Se a incorporação destas artes na brincadeira é já algo habitual, ainda há pouco pediu-me que escrevesse uma história e é claro que, perante a sua insistência, eu não tive alternativa a escutar-lhe as palavras e a grafá-las.
Mas foram uns minutos cheios de graça e não só pelas expressões e ênfases da narradora. É que apesar das infantilidades, o que seria estranho caso lá não estivessem, e enredo é lógico e, por fim, há uma lição a tirar.
Quando acabámos, por entre sorrisos de encantamento, eu não fui capaz de deixar de lhe dar um abraço cheio de ternura.
A Matilde anda melhor do seu equizema.
Vá lá, hoje tive dez minutos para beber a bica e ler o jornal à hora do almoço. Nos dias que têm corrido, tomo-os como um verdadeiro luxo.
E dediquei a minha atenção a um artigo de Kofi Annan.
O desafio da humanidade é a erradicação da pobreza, é a sua tese, para o que a globalização pode dar um contributo positivo, se os países ricos abrirem os mercados aos produtos agrícolas das economias em desenvolvimento.
O problema não será assim tão linear, lembremo-nos que há multinacionais capazes de reunirem um poder muito superior ao de muitos estados soberanos, com tudo o que isso pode implicar mas não tenhamos dúvidas que passa por aí.
E depois lá está aquilo que de há muito venho defendendo, a importância da educação. Não naquele sentido idealista que, só por si, contribuirá para elevar a consciência das populações, mas no de criar quadros técnicos, massa cinzenta, sem o qual não há recursos humanos para um processo de desenvolvimento harmonioso.
A aula foi inteiramente dedicada a exercícios relacionados com a aprendizagem do último algarismo, o nove.
Enquanto isso, continua a marcha zapatista em direcção à cidade do México.
Alhos Vedros
01/03/08
Luís F. de A. Gomes
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