2006-11-14

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

HISTÓRIAS DA TERRA ENCANTADA
1

Para a Margarida e a Matilde
tesouros do meu peito

O mundo? Oh o mundo, o mundo é um objecto prodigioso. É um planeta sabes?
O que é um planeta? Bem, não compliques. Pelo que sabemos, planetas são corpos sólidos ou gasosos, não possuidores de uma fonte de luz própria e que giram em torno de estrelas ou de outros planetas. No primeiro caso damos-lhes o nome de principais e no segundo designamo-los por satélites. Nestes últimos anos, os avanços nos domínios das técnicas e tecnologias para prospectar o espaço exterior, assim como o avolumar dos conhecimentos e a sofisticação dos métodos e meios de controlo sobre as observações e experimentações científicas, devido a tudo isso, nos últimos anos conseguiu-se confirmar a existência de outros prováveis sistemas planetários, uma vez que foi possível induzir, quer dizer, de calcular, de perceber que estão lá esses corpos que são afinal como uma espécie de primos distantes da Terra. No entanto estamos a falar de sabedoria que não chega a possuir um par de décadas. Plutão, ao que parece, o último bugalho que se revoluciona pelo Sol…
Sim que gira à volta do Sol, Plutão, dizia, bem como Caronte, o seu satélite natural, não são conhecidos há muito mais tempo. O que sabemos sobre esta matéria devemo-lo aos nossos companheiros de sistema.
Olha que não, não é necessário recorrer a conhecimentos muito complicados para compreender isso dos planetas girarem em torno de estrelas o que, no nosso caso, significa entender as nossas órbitas face à fonte da claridade diurna. É claro que na época em que tais interpretações foram formuladas, era esse o patamar mais difícil de se atingir pois então requeria quase a globalidade do corpo teórico existente a esse respeito. Mas hoje em dia, passados que foram três séculos sobre tão decisiva descoberta e ampliadas que foram as ciências quanto ao que sabemos e à nossa capacidade de perguntar, os físicos falam de algo simples que denominam física newtoniana, na qual encontramos a explicação da força da gravidade, a corrente de atracção recíproca entre dois astros, afinal, a responsável pela giratória do sistema solar e de todo e qualquer seu semelhante que alhures possa haver.
Ah a expressão deve-se a Isaac Newton, um inglês que viveu no século dezassete, o primeiro a compreender a realidade daquela forma e, com isso, um marco primacial para a astronomia que nos é coeva. Homem sábio que decompôs experimentalmente a luz branca e com isso descodificou o arco-íris, em epitáfio dele se disse ser um génio e ainda hoje existe, na mesma universidade, a cadeira que ele ensinou.
Mas adiante que não são curiosidades destas que nos trazem aqui. O que interessa é que por causa da gravidade, a Terra evolui à volta do Sol e é esse movimento que nos traz as estações do ano. E aquela força irreversível é igualmente a atracção que contribui para que o ar se mantenha preso à Terra; a seu tempo veremos como este também é importante.