2006-12-06

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

E já vamos no número quatro.



Por cá continua o fogo sobre Pina Moura e Jorge Coelho desdobra-se em respostas à oposição.


Mas a grande notícia são as eleições do Benfica que a comunicação social parece apostada em transformar como um grande caso nacional.

Ontem, na TSF, o noticiário da meia-noite abriu com o tema, especificamente o debate que os candidatos travaram no primeiro canal da televisão do estado.



Por sua vez Guterres diz que não está interessado em eleições antecipadas.



Mas hoje eu devo estar virado para o futebol. É que me estiquei no sofá para descansar e digeri o jantar com o Boavista Roma, jogo a contar para a segunda eliminatória da taça uefa e que os italianos venceram por um a zero.
O espectáculo foi de fraco nível, cheio de pontapés para o ar e passes errados, sem vermos a bola trocada em velocidade e ao primeiro toque, com os armadores de jogo e os alas a conseguirem colocar o esférico nos espaços vazios que se abrem nas costas dos defesas, com os avançados a anteciparem-se e a rematarem à baliza. E numa inesperada vantagem em disputa de bola entre dois jogadores, um atacante romano rematou de imediato e, com certa felicidade, traindo o guardião boavisteiro, levou a redondinha a girar alapada às redes.


Mas é indigna a forma como certos jornalistas portugueses fazem os seus trabalhos de reportagem.
Falaram de penalties contra o Roma que não passaram de teatro português e chegaram ao cúmulo de desculparem um atleta boavisteiro que foi expulso por impulsionar o tronco e a cabeça sobre um adversário com quem provocou um choque com o rosto. Obviamente, cartão vermelho directo. Pois os bons dos nossos cronicadores de cortes, lá conseguiram um grande plano televisivo em que, depois de uma observação atenta, se percebe que o defesa brasileiro ao serviço do clube italiano –um bom jogador e um central cheio de garra, igualmente capaz de fazer passes à distância- cuspiu na cara do português. Na cabecinha daqueles patetas, o árbitro também deveria ter expulso este futebolista. Curiosamente, ninguém referiu que o juiz de campo aplicou os mesmos critérios às duas equipas, mostrando cartões amarelos sempre que as entradas assim o reclamaram e tirando foras de jogo milimétricos a qualquer das linhas avançadas.

Como se pode ser tão sabujo é que me espante.
É esta estirpe que pulula no futebol português controlado por interesses obscuros e gente tenebrosa.
Querem ver um excelente exemplo?
Vejamos um excerto de uma notícia do jornal “Público”.
“Da parte do F. C. Porto, manteve-se o “black out” aos jornalistas portugueses, todos apanhados por tabela na represália ao jornal que se hospedou antecipadamente (embora, garantam, sem o saber…) na unidade hoteleira onde está a comitiva oficial. Para além do exagero da medida, quem acabou por ser beneficiado foi o jornal pretensamente prevaricador. Isto porque continuou a não ter acesso ao que já não tinha antes, ficando assim em igualdade com a concorrência.” (1)

O sublinhado é meu e só me ocorre que foram pessoas assim que interpretaram a mais abjecta subserviência perante o salazarismo.



Hoje os alunos treinaram a identificação, leitura e grafação das sílabas componentes das palavras já aprendidas.
Além disso, fizeram uma ficha sobre o número quatro.

O TPC, incidiu apenas sobre a primeira parte dos exercícios.


E a Margarida já consegue escrever aquelas palavras sem o recurso à cópia.

Leva a língua ao canto direito da boca quando tem que desenhar a letra e.
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(1)Prata, Bruno, p.32
TUDO A FAVOR DO FC PORTO


Alhos Vedros
00/10/26
Luís F. de A. Gomes
Cita,ão Bibliográfica
Prata, Bruno- TUDO A FAVOR DO FC PORTO
In "Público", nº. 3875, de 00/10/26