2007-05-01

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

Bem, tudo indica que a associação de pais vai para a frente. Se assim, for, estaremos de parabéns.

Ontem avançamos para a realização da assembleia eleitoral e deixámos os corpos gerentes constituídos. Conseguimos a presença de mais quatro elementos e foi fácil distribuir as pessoas de acordo com as suas disponibilidades. Falta-nos um último elemento e sabemos que podemos contar com alguém que tão só se disponha a fazer número; há órgãos que, por enquanto, apenas terão uma existência formal e aquilo que nos propomos é compatível com a realidade de duas ou três figuras fantasma.
Além disto fiquei satisfeito com aquilo que vi e ouvi. Parece-me que temos gente com veia e pulmão para pôr a casa de pé. Deparou-se-me vontade, bom senso e ideias. E, com realismo, concluiu-se que o objectivo será que no fim deste ano lectivo se tenha instituído o organismo e implementado um sistema de captação de novos sócios através dos actos das matrículas, bem como preparado o mandato da próxima anuidade. Se nesse entrementes conseguirmos uma ou outra contribuição que sirvam para melhorar o quotidiano escolar, aí teremos, com certeza, a nota máxima.

Que seja este o cenário real aquando das próximas férias grandes é algo que depende de nós. Pela minha parte, tudo farei para que tal suceda.

Mas fiquei com a sensação de que, no final, ficaremos satisfeitos com o trabalho realizado.



É uma vergonha o que se está a passar com o ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica, o Dr. João Vale e Azevedo.
Ninguém tenha dúvidas, é o estado de direito que foi atirado para a valeta e a partir de hoje, não há cidadão que possa sentir os seus direitos garantidos. Estamos pura e simplesmente a assistir à manipulação dos órgãos de poder do estado –no caso dos aparelhos judicial e policial- para atingir fins obscuros e, provavelmente, pouco sérios.
Pensava eu que o princípio era o da presunção da inocência e que ao arguido, ou antes, à pessoa investigada, era reconhecida a dignidade do seu direito à privacidade em face da exposição pública.
Pois nada disto aconteceu e até assistimos à miséria de uma conferência de imprensa da judiciária em que se anunciou a detenção de um homem dados os indícios de ilicitude a respeito de algumas das suas acções.
Eu não conheço o indivíduo que tanta polémica tem gerado e até posso admitir que ele venha a ser constituído arguido, levado a julgamento e aí, dando-se como provadas as acusações de que é alvo, condenado. Nisso, nada há de anormal.
Mas o que se viu foi uma orquestração mediática em que se apresentou alguém como um simples criminoso. Ainda antes de qualquer processo contraditório, o homem foi condenado no pequeno écran e nos jornais.
E foi aí que a democracia, em Portugal, levou uma machadada de morte.
Seja qual for o resultado deste imbróglio, em sequência já tivemos um ministro –Pina Moura- o tribunal e a polícia a perseguirem um português que mais parece o inimigo público número um. Tudo isto porquê? Pelo facto de o Benfica ser devedor de verbas de impostos? Então e quando foi o caso da penhora do estádio das antas? Não foi depois disso que se chegou ao totonegócio? Afinal, quem ganhará com toda esta palhaçada?


Brevemente teremos a caricatura de um sistema democrático.



O lusco-fusco já começa depois das dezoito e trinta.



E ontem os alunos voltaram a trabalhar com o livro de Matemática e o número oito.
Hoje, à tarde houve brincadeira, pequenos jogos de sabedoria e destreza física que a Margarida começou por ganhar. De manhã houve cópias e leituras e a realização de uma ficha sobre as novas palavras.
O trabalho para casa é a elaboração de frases à vontade dos alunos.



Continua a tragédia salvadorenha e os Estados Unidos voltaram a bombardear alvos no Iraque. Eu não disse que isto viria a acontecer?



E agora vou conversar com o Torga uma vez mais.

Alhos Vedros
01/02/16
Luís F. de A. Gomes