2007-04-27

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

Desde ontem que a Margarida anda cogitando nas novas possibilidades de que dispõe para escrever palavras.
Amiúde sai-se deste jeito:
“-Ó pai, eu agora já posso escrever a palavra caneta, não posso?”



Vejo-me forçado a uma correcção.
Afinal, as alterações ao nosso código penal de que se fala em torno dos crimes contra a humanidade, decorrem no âmbito das nossas obrigações no contexto das Nações Unidas e não da União Europeia como aqui escrevi há alguns dias.
Trata-se da criação de um Tribunal Penal Internacional para julgar crimes que se enquadrem naquela classificação.

Independentemente daqueles argumentos –muito inteligentes, não tenhamos dúvidas- que desdenham a iniciativa pelo facto de não vermos os vencedores no banco dos réus, de que a Rússia que massacra na Tchetchénia, é o exemplo mais utilizado, embora outros hajam, o certo é que a iniciativa me parece do maior interesse. Com ela se lança um primeiro pilar daquilo que poderá vir a ser uma ordem jurídica mundial que penalize não só este género de criminalidade, mas também outra. Se pensarmos que uma civilização planetária que se queira fundamentar na democracia não poderá subsistir fora do enquadramento do estado de direito…
E também não deixa de ser risível dizer-se que tal tribunal carece de polícia… Provavelmente seria esta uma das primeiras instituições a ser criada e depois actuaria na colaboração com os corpos policiais de cada país.
Enfim…



Contudo, continuo a pensar que não seria necessário agravar-se a pena nacional máxima para a prisão perpétua.
Havia sempre a alternativa de em cada país se aplicar a máxima penalidade aí vigente.



Hoje os alunos continuaram com exercícios em torno da palavra casa.

O trabalho doméstico traz a novidade das palavras cruzadas.



Há portugueses raptados em Cabinda, por via dos quais, a FLEC-FLAC pretende pressionar Portugal para que participe no processo de independência de um território que nunca foi angolano e que só no século dezanove passou a estar sob domínio luso na forma de um protectorado.



E lá vai o primeiro laboratório a caminho da estação espacial internacional.



Ai que bem sabe a perspectiva do descanso.

Alhos Vedros
01/02/09
Luís F. de A. Gomes