2007-04-29

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

E eu sou um pai cheio de sorte.

Quando cheguei a casa, pelo almoço, fui recebido pela Margarida prenhe da excitação de me transmitir uma novidade.
“-Sabes pai, eu hoje tive uma pequena dificuldade na escola, mas agora já está tudo bem.” –Enquanto a elevava, pelas axilas, ao nível do abraço. “-Hoje aprendemos o número oito e ao princípio eu tive assim uma dificuldadezinha e fazia um bocadinho mal o número, mas agora já faço bem, pois tenho estado a tentar aperfeiçoar-me e já consigo fazer uns oito bonitos.” –E mostrou-me uma folha cheia de exemplares daquele algarismo.


Pois foi esse o tema da aula de hoje.



A maior parte do genoma humano está descodificado e o que ressalta é que as diferenças genéticas não nos permitem sustentar a ideia de raça.



Nós, humanos, que pela quinta vez fizemos chegar um engenho a um outro corpo cósmico diferente, desta vez para pousar uma sonda no asteróide Eros, uma rocha tão velha como o sistema solar.



Hoje fui a Pavia de manhã e regressei a tempo de almoçar em casa.

O Alentejo prepara-se para se atapetar de cores até que a vista se canse.



A Margarida trocou-se de bicadas com a Cátia Sofia. Segundo a sua versão, a colega picou a Ana Lúcia com o lápis de carvão e para que ela sentisse o que acabara de fazer, a minha filha achou por bem responder em duplicado.
Como é natural eu fiz-lhe ver as alternativas que teriam permitido uma atitude mais sensata e tanto ou mais incisiva. De resto, a Professora repreendeu-a.
Mas a choraminguice que acompanhou a narrativa vinha-lhe do facto de achar injusto que a primeira prevaricadora tivesse sido apresentada como a única vítima do desacato. Na sua óptica, também aquela teria merecido castigo e nem chegou a pedir desculpa à única menina que não fizera mal algum.


Fiquemos por aqui.

Alhos Vedros
01/02/13
Luís F. de A. Gomes