2007-02-03

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

E A CHUVA NÃO BATE ASSIM
Então e aquela da fundação para a prevenção rodoviária obviamente a ser financiada pelos dinheiros do estado?
E o Ministro Armando Vara tratou logo de apresentar Fernando Gomes como a fonte das suspeitas sobre aquele organismo de tão grande alcance.

Até onde é que esta gente chegará para se perpectuar a si e aos seus nas tetas do poder?



Mas hoje, seis de Dezembro é dia triste.
Sufocado economicamente, o “Notícias da Moita” calará a sua voz no próximo número.

A vida do concelho ficará mais pobre, ninguém tenha dúvidas disso. Aquele simpático quinzenário local foi, durante os seus dezasseis anos de existência, um veículo inteiramente livre e independente de quaisqueres poderes.

É pois a liberdade e a democracia que perdem.



Pelo menos nos tempos mais próximos, para mim significa o fim das minhas colaborações na imprensa local.
Mas isso também me obriga a compilar o volume dessas mesmas prestações dos últimos sete anos.

Serão meu sexto livro fora da expressão artística que compõe o grosso do que pomposamente posso chamar a minha obra.
Com ele registarei, até ao momento, aquilo que poderá ser interpretado como uma intervenção cívica da minha parte.

E não sei porquê, neste preciso instante, decidi chamar ao conjunto “Um Acto de Cidadania”. Assim será.



No alarido é que está o ganho
não é só pelo ruído
é também pelo nevoeiro…


A empresa do metro do Porto vê atendida a pretensão de um acréscimo de mais de vinte e tantos milhões para o projecto, em alteração.

Até ao final muitos mais se seguirão.
A ver vamos.



De acordo com dois reputados cientistas ingleses, um deles matemático e outro astrofísico, a doença das vacas loucas estaria relacionada com partículas carregadas de micro-bactérias com adn nocivo que são transportadas nas caudas dos cometas.
O facto de a doença ter maior incidência na Inglaterra corroboraria a teoria, segundo os Autores, é claro, pois isso estaria conforme ao hábito dos criadores de deixarem o gado pastar mais tempo, inclusive no Inverno quando a penetração das partículas cósmicas é maior.
Infelizmente não não registei o nome daqueles investigadores.

Mas um cientista português, Francisco Ré, se não erro, comentou que aquelas teses já são antigas, tendo sofrido fortes críticas da comunidade científica.



Mau tempo no país.
A julgar pelo alarme da comunicação social, espera-se borrasca para as próximas horas.

Em Alhos Vedros houve um corte no abastecimento eléctrico e, efectivamente, está a chover a cântaros o que me fez permanecer em casa em detrimento do lançamento de um livro sobre Eláudio –um português que combateu pelos republicanos na guerra civil espanhola- e que eu suspeito que acabou por ser adiado.


Seja como for, façamos votos para que nada de grave aconteça.



Hoje a Margarida teve um dia escolar dedicado a exercícios livres com palavras, para além de cópias de frases.

E não teve trabalhos para casa, a não se, o que é já rotineiro, a leitura diária do livro dinâmico.


É uma sortuda, a minha filha. Espera-se uma folga grande. Amanhã não haverá aulas e à tarde os alunos irão a um circo a Lisboa.



E agora os democratas acusam os republicanos de terem abusivamente assinado boletins de voto que assim foram contabilizados.
Alegam que isso inverteria o resultado final.

Continuamos suspensos da decisão do tribunal.



Na pessoa do Sr. Eurico da Fonseca, Portugal perdeu uma figura singular, um auto-didacta que acabou por ser o grande divulgador da astronomia e da astronáutica no nosso país onde as ciências sempre foram olhadas com desconfiança. Homem inteligente e persistente, teve o seu pódio ao conhecer, pessoalmente, Werner Von Braun, o pai dos mísseis e dos foguetões Saturno que levaram a humanidade a pisar outro planeta.
Mas ele que também escreveu dois romances de ficção científica, deixa-nos, justamente, o legado de uma colecção que, entre nós, foi pioneira naquele género.

Na sua lápide, lamentamos que esta pátria madrasta produza Euricos sem que jamais os deixe afirmarem-se como investigadores e poetas das explicações científicas do mundo.


Paz à sua alma.




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Agora o vento faz as arestas assobiarem

Espera-se o pior por volta das quatro da manhã.

Alhos Vedros
00/12/06
Luís F. de A. Gomes

4 Comments:

Blogger Gi said...

Truz truz!
- Quem é?
- É a Gi que vem saber novas dos eu amigo... :O)

Está tudo bem? Sabe que hoje e fartei de lembrar de si quando disse que tinha mudado o blog e que ía ter com um amigo? Pois eu hoje ando para aqui aflita...ontem já (não sei como) fiz com que desaparecesem uma série de endereços que tinha no blog. hoje tudo o que tem acentos está torto... e colocar imagens está um martírio, ficam muito afastadas umas das outras. Parágrafos enormes...também lhe aconteceu isso ou será só nabice minha?

Pronto, vim aqui só trocar dois dedos de conversa e estive entretida a lê-lo :-) . Espero que o fim-de-semana seja repleto de coisas boas para si e para as mulheres da sua vida, da pequenina à grandinha :-)
Um beijinho

19:18  
Blogger ATIREI O PAU AO GATO said...

Boa tarde Gi, obrigada, muitíssimo obrigada pela visita. É tão bom chegar a casa e sobre a paz que se espalha na alma acendermos uma luzinha de graça pelo encanto de um encontro...
Sim está tudo bem e se o não estivesse agora ficaria com um canto que nos faz tremer de alegria sem que disso estivéssemos à espera.
Hoje é que me portei como um menino, pois as miúdas saíram cedo com a mãe e só e sem ruídos -Domingo folga a D. Rosário que tão bem zela para que nesta casa nada me falte e tudo esteja na ordem devida- acordei... Confessar isto é uma vergonha, mas a verdade é que aconteceu. Abri os olhos faltavam dez minutinhos para o meio-dia e por isso, tomados os cuidados do corpo e arrumado o quarto, saí para almoçar e é agora que, depois de um pequeno passeio pelo e junto do rio fumegado por uma neblina esparsa, lhe respondo com o sorriso próprio de quem passa amiúde pelas peripécias de que fala.
É assim minha querida, não sei como mas lá passei aqui no Clube para o novo blogger -nem mesmo tenha a certeza de saber do que estou a falar- e as coisas até ao momento parecem as mesmas, mas não saberei explicar-lhe nada a respeito das novas potencialidades -se é que as tem- ou de novos mecanismos que permitam outras ou melhorar as funções existentes -coisa que me parece acontecer pois de outro modo, se apenas por motivos estéticos, por exemplo, dificilmente se perceberia as modificações para uma nova versão do servidor(?), seá assim que se diz? Mas falhas a colocar fotos, a trocar isto e aquilo e quanto às palavras passe e quejandos nem lhe digo nada que, se ao momento as coisas serenaram, de início foi com cada calinada... Logo a começar por me ter esquecido de apontar as senhas devidas e chegou a um momento em que tive que andar por tentativa e erro a reencontrá-las pois de outro modo nem mesmo seria capaz de fazer posts e alimentar os blogs. Enfim, para que veja que não está e que a azelhice se bem repartida até dá para nos rirmos dela. Mas Gi, sejamos capazes de compreender que temos uma idade troglodítica, isto em termos destas novas linguagens do mundo digital, é bom de ver; eu, por exemplo, ainda fiz toda a Universidade com papel e lápis e só uma boa mão cheia de anos depois de a ter acabado, no ciclo normal, apareceu a inovação do windows que tornou o uso do pc possível a toda e qualquer pessoa desde que minimamente alfabetizada. Pessoalmente utilizei anos a fio uma videowriter -não sei se conhece- para armazenar os meus textos -largos milhares de páginas, acredite- e nunca senti necessidade de passar para estas máquinas pois na empresa a minha relação com elas sempre foi a de ditar que se faça ou pedir que me tragam e quanto ao resto a minha competentíssima secretária sempre deu conta de tudo, até dos mails em que respondia às mais diversas pessoas e nos mais diferentes assuntos. Não vem agora aqui a propósito mas foi uma pequena brincadeira que me trouxe para este universo digital e me levou a munir-me de pc(s) tanto em casa como na minha secretária de trabalho, embora há já algum tempo tenha realizado a necessidade de passar toda a informação que tenho nas disquetes da videowriter para esta linguagem, coisa que conto encomendar a alguém. Mas seja como for que já estou a ocupá-la demasiado tempo, como vê, não lhe servirá de muito, mas veja que não está só nos contratempos deste mundo virtual.
Assim sendo, este nabo que muito a admira deseja-lhe um resto de dia cheio de azul, como agora está o céu que se vê para lá dos vidros da vista da minha secretária no escritório de casa.
Um fim de Domingo encantado (c)
Luís

15:06  
Blogger Gi said...

Se eu lhe disser que sou mulher de informático...dá para acreditar? Não os deixava entrar cá em casa (aos computadores entenda-se ) orque achei sempre que nos roubavam tempo precioso, para se conversar, para se ler...mas para os trabalhos da esola da garotada e mais tarde para os jogos, que todos jogavam, não consegui prolongar o meu não. Bom, por causa também de uma brincadeira, agora sou eu a maior utlizadora...
Daí a ter que se comprar um portátil porque açambarcava este do meu filho, não tardou muito. Não percebo nada disto e também me tenh esforçado pouco diga-se de passagem. Tem dado para as necessidades mas um dia destes tenho que me esmerar para fazer qq coisa mais bonitinha.
E agora vou-me nãos em antes deixar um sorriso e o desejo de uma noite igualmente feliz.
Até amanhã Luís

19:27  
Blogger o clube said...

Claro que dá para acreditar, mas pelo que diz vejo que foi por duas brincadeiras que nos encontramos. Não sei qual foi a sua mas a minha teve a ver com um comentário que uma vez fiz num jornal electrónico e que foi colocado como o melhor do leitor. Achei graça por antes apenas ter feito um outro e depois comecei as minhas notas e reparos uma vez por outra mas tive retorno, tanto de outros leitores como dos responsáveis que por uma boa mão cheia de vezes me destacaram da forma que indiquei. Foi por isso que instalei um pc na minha secretária de trabalho. E a verdade é que me habituei a dar opinião sobre os mais variados assuntos e assim passei três anos com uma presença regular naquele jornal electrónico; todos os dias úteis, pelo menos fazia um comentariozinho, sempre com o mesmo nome e, pela linguagem e ideias expressas, sempre com os mesmos princípios e ideias de fundo inerentes a uma única pessoa. Foi também por isso que mais imediatamente decidi adquirir um portátil para que em casa também tivesse tempo de dar alguma resposta e também para iniciar então a viragem no que diz respeito ao armazenamento dos meus textos. Mas foi aí, no jornal electrónico "Portugal Diário" -passe a publicidade- que alguém da blogosfera me descobriu e citou, com link para a notícia, a propósito de um comentário que fiz a respeito do aparecimento do MIC, ligado a Manuel Alegre. Foi quando dei conta disso que tomei contacto com este universo da blogosfera e depois de um comentário no blog que me destacara de uma forma tão simpática, ocorreu-me que também eu poderia fazer um. Poderia eventualmente até vir a ser divertido e depois, mesmo se tratando de uma simples brincadeira de tempos livres, poderia tentar fazer disso algo capaz de surgir como mais-valia em termos de comunicação entre cidadãos livres e responsáveis. Seria uma forma simpática de eu contribuir em termos práticos para a divulgação e experimentação da ideia democrática o que sempre estará de acordo com a minha sensibilidade e maneira de pensar. E assim dei por finda aquela presença diário no simpático jornal electrónico e decidi fazer este blog em que aqui nos encontramos agora a conversar. Como vê, tudo por uma questão de brincadeira, vê?
Devia ter começado por lhe dizer o quanto me iluminou o rosto a surpresa desta sua visita que me deixa um rasto de azul para o resto de noite que me deseja e que eu retribuo do fundo coração.
Até amanhã Gi,
Luís

22:50  

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