2007-05-23

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

Ser pai é assumir a responsabilidade de acrescentar uma parcela de mundo.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sinceramente estou a gostar.
Está bem escrito.
Excelente idéia;a de intercalares comentários, aos acontecimentos nacionais e internacionais de maior relevo,durante a descrição do dia a dia familiar.

No futuro,quem ler o texto,fica com um bom retrato do início do sec.xxi.Fica também, com muita informação acerca do modo de vida,de uma família da classe média/alta em Alhos Vedros.

A Matilde e a Margarida vão adorar ler os "Diários" quando forem adultas.
É um legado sem preço que deixas ás tuas filhotas.

Não tens comentários???É óbvio,um livro comenta-se quando se termina a leitura.

Um abraço Luis.
Rui

12:41  
Blogger o clube said...

Bonitas as tuas palavras, companheiro, mas sempre seladas pela fraternidade que entre nós existe desde os tempos em que nos conhecemos na primeira classe da escola primária, precidsamente a mesma que tanto anos depois e sob uma outra designação, estas páginas pretendem narrar. É a observação de um velho amigo e quem nos possa ler -que não devem ser muitas pessoas- deve sempre ter isso em conta.

Não tenho dúvidas sobre o que afirmas quanto ao gosto que os meus pardalitos terão em ler estes livros num futuro de adultas. E por todos os motivos que apontas para o interesse destas minhas letrinhas, mas sobretudo por terem sido escritas pelo pai que sem falsa modéstia sei que adoram exactamente na mesma proporção em que eu as adoro.

Mas tinhas que ser tu a dizer as coisas certas.
Precisamente aquilo que destacas sempre esteve no espírito com que estes diários foram escritos.
É claro que temos procurar sempre a novidade e, nesse sentido, não me parece que existam muitos -eu não conheço nenhum exemplar- diários como estes; narrativas das vidas das filhas por um pai. Isso justifica o trabalho em si; acrescenta qualquer coisa ao que neste domínio existia anteriormente. Mas o maior interesse seria se conseguisse isso dentro da tradição deste género literário e com a contextualização da vida familiar no seu tempo, aquilo que acaba por se transmitir é precisamente um testemunho sociológico do modo de vida de uma determinada família que tu situas em termos de estratificação social. Quando tomei consciência do que tinha entre mãos e isso passou-se aí mais ou menos a meio do diário correspondente ao primeiro ano de vida da Marga, logo pensei que poderia fazer algo na tradição das diarísticas dos séculos catorze e quinze que, nos poucos exemplares que restaram, hoje serve de fonte histórica para as modernas correntes que tentam reconstituir a história da vida privada no Ocidente. Sem presunção de qualquer espécie mas tamb+em sem qualquer laivo de falsa modéstia que aqui seria hipócrita ou vaidade disfarçada, penso que o consegui.

De uma maneira ou de outra teria que escrever um diário qualquer, mesmo que fosse todo ele uma obra de ficção pura e dura. Se queremos fazer uma obra literária, temos que cinzelar nos diversos quadrantes em que a literatura se tem feito. Mas aconteceu o mistério de ter começado estes por acaso e de forma absolutamente inesperada e, em conformidade, de modo algum preparada. Seja como for, melhor não poderia desejar e com eles creio ter cumprido a minha parte dentro desta área à qual, como disse na despedida do último deles que corresponde ao primeiro ano escolar da Matilde, a não ser por um qualquer motivo extraordinário que agora não consigo imaginar -ou considerar, como o seria o nascimento de um terceiro filho ou filha- não conto voltar.

Obrigada pela tua visita que muito distingue este blog por ser de quem é,mas éclaro que entre nós é sempre a amizade que vence.

Um abraço Rui

Luís

22:37  

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