Escrevi muito e apagou-se tudo. Deu erro. Queres ver que o computador para além de anti-vírus também tem caça fantasmas? ahahah Gosto da casa, se estiver desocupada mudo-me, só tenho que tirar as cortinas com folhos, sou um fantasma menina mas dispenso essas coisas. Aposto que não tinhas visto. Quanto à pergunta que fizeste sobre barcelona. Conheço muito bem. Gosto das ramblas que vão dar ao mar, gosto do Tibidabo onde se vê a cidade que se estende aos nosso pés, gosto do bairro gótico, gosto de todas as obras de Gaudi, gosto de Montjuic, adoro passear no Parque Guell, adoro as gentes. Em suma, gosto de tudo, até posso dizer que a prefiro a Madrid. E agora vou-me embora assombrar outra casa. Um BU para ti e obrigada.
Se te estás a referir a este, tem de facto anti-vírus e também uma aplicação para caçar-fantasmas, é certo, mas só os maus e tu, apesar de assustadora -afinal és um fantasma menina, mas espero que seja só para designar o género, pois ficaria muito triste se tivesses usufruido poucos anos desta alegria infinita que é a vida- de meteres muiiiito medo -até estou arrepiado, mas olha que eu faço queixas ao Gohlem- tens sido tão simpática comigo que eu, encantado como estou com as tuas visitas e certo de que possuis uma cultura muito acima da mediania que a lusa escolaridade oferece, considero-me teu fã e olha, fico feliz por isso. E esta, heim? Não te mudas não, aquela casa tem dono Fantasminha, mas quanto aos folhos... São muito pesados não é? Dão um ar demasiado característico daquilo que era a casa do meu avô paterno ao tempo dosmeus calções. Concordo contigo, também abdicaria deles com a melhor das vontade e substitui-los-ia por uma peça de linho entremeado com rendas, representando flores e cenas de pássaros. Que me dizes? Quanto a Madrid versus Barcelona, tenho para mim, na minha modestíssima opinião, não são comparáveis Fantasminha. A primeira decorre de uma decisão política e a segunda foi fruto da história e da vontade de um povo. Se não compreendermos uma certa nostalgia que se associa ao nacionalismo catalão, não seremos capazes de entender que Barcelona foi a única cidade que nos tempos modernos teve um natural que a quis alindar pela arte daarquitectura; a figura de Gaudy não seria possível em qualquer outro lugar. Mas Fantasminha, estas imagens que tenho publicado desde as fotos do Alentejo de que disseste ter gostado, estas últimas fotografias são precisamente de Barcelona, capital da Catalunha, a nação do poeta que uma vez me ofereceste e por isso as publiquei como um carinho para quem? Vê lá se adivinhas. Já estiveste no Parque Guell a ver a tarde desaparecer com o acender da cidade? Pois bem Fantasma, tenho pena de não estares aqui junto de mim para ouvires o último andamento da nona de Beethoven que é o que está a começar agora e que eu vou ouvir alto para que se sobreponha a todas as preocupações do mundo. Do lado de lá dos vidros que vedam por completo os sons exteriores, só as asas das andorinhas me acompanham num fundo em que o azul parece envergonhado.
Para um Fantasminha simpático 
2 Comments:
Escrevi muito e apagou-se tudo. Deu erro. Queres ver que o computador para além de anti-vírus também tem caça fantasmas? ahahah
Gosto da casa, se estiver desocupada mudo-me, só tenho que tirar as cortinas com folhos, sou um fantasma menina mas dispenso essas coisas. Aposto que não tinhas visto.
Quanto à pergunta que fizeste sobre barcelona. Conheço muito bem. Gosto das ramblas que vão dar ao mar, gosto do Tibidabo onde se vê a cidade que se estende aos nosso pés, gosto do bairro gótico, gosto de todas as obras de Gaudi, gosto de Montjuic, adoro passear no Parque Guell, adoro as gentes. Em suma, gosto de tudo, até posso dizer que a prefiro a Madrid. E agora vou-me embora assombrar outra casa. Um BU para ti e obrigada.
Se te estás a referir a este, tem de facto anti-vírus e também uma aplicação para caçar-fantasmas, é certo, mas só os maus e tu, apesar de assustadora -afinal és um fantasma menina, mas espero que seja só para designar o género, pois ficaria muito triste se tivesses usufruido poucos anos desta alegria infinita que é a vida- de meteres muiiiito medo -até estou arrepiado, mas olha que eu faço queixas ao Gohlem- tens sido tão simpática comigo que eu, encantado como estou com as tuas visitas e certo de que possuis uma cultura muito acima da mediania que a lusa escolaridade oferece, considero-me teu fã e olha, fico feliz por isso. E esta, heim?
Não te mudas não, aquela casa tem dono Fantasminha, mas quanto aos folhos... São muito pesados não é? Dão um ar demasiado característico daquilo que era a casa do meu avô paterno ao tempo dosmeus calções. Concordo contigo, também abdicaria deles com a melhor das vontade e substitui-los-ia por uma peça de linho entremeado com rendas, representando flores e cenas de pássaros. Que me dizes?
Quanto a Madrid versus Barcelona, tenho para mim, na minha modestíssima opinião, não são comparáveis Fantasminha. A primeira decorre de uma decisão política e a segunda foi fruto da história e da vontade de um povo. Se não compreendermos uma certa nostalgia que se associa ao nacionalismo catalão, não seremos capazes de entender que Barcelona foi a única cidade que nos tempos modernos teve um natural que a quis alindar pela arte daarquitectura; a figura de Gaudy não seria possível em qualquer outro lugar.
Mas Fantasminha, estas imagens que tenho publicado desde as fotos do Alentejo de que disseste ter gostado, estas últimas fotografias são precisamente de Barcelona, capital da Catalunha, a nação do poeta que uma vez me ofereceste e por isso as publiquei como um carinho para quem? Vê lá se adivinhas.
Já estiveste no Parque Guell a ver a tarde desaparecer com o acender da cidade?
Pois bem Fantasma, tenho pena de não estares aqui junto de mim para ouvires o último andamento da nona de Beethoven que é o que está a começar agora e que eu vou ouvir alto para que se sobreponha a todas as preocupações do mundo. Do lado de lá dos vidros que vedam por completo os sons exteriores, só as asas das andorinhas me acompanham num fundo em que o azul parece envergonhado.
Atémais logo Fantasma,
Luís
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