2006-12-25

O DIÁRIO DA MARGARIDA - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

Na Invicta reclama-se a presença do Presidente da República e dos restantes candidatos à presidência na cerimónia de abertura do Porto capital europeia da cultura.

Espírito democrático, diria eu.

E já agora sugiro que no momento em que a rainha da Holanda estender a mão, não encontre uma mas cinco para a cumprimentarem ao mesmo tempo e que todos disponham de os seus trinta segundos para fazerem a vénia à real Senhora.



Tenho dúvidas que se trate de mera coincidência.

Esta manhã tiveram início os trabalhos de repavimentação do passeio que ladeia a escola da Margarida.
Não é sem tempo. Desde o primeiro dia que as crianças e adultos entravam sobre as pedras soltas com o correspondente aumento do risco de acidentes, o que só pode ser considerado inadmissível num país que se quer civilizado.
É pois com bons olhos que vejo a tão necessária reparação.

Acontece é que esse foi, justamente, o tema da minha última crónica no Notícias da Moita (1).

É sempre possível falarmos de acaso, mas, cá par mim, os responsáveis leram as minhas palavras.


A isto se chama os bons efeitos do exercício da cidadania.



Quando regressei da labuta, a Margarida tinha o trabalho para casa todo bem feitinho.
Tratou-se da solução de exercícios do seu livro de Matemática.



E agora, pelo que me é dado ouvir, ela, a irmã e a Beatriz brincam, na sala, aos festivais da canção.

A Matilde, qual bardo deste episódio, está a cantar neste momento.



Devido à neve, ontem foi fechada ao trânsito uma estrada na Serra da Estrela e como prevenção da intempérie que se faz sentir no norte do país, alguns portos marítimos encerraram as suas barras.

Estamos sob a influência de uma frente fria e a temperatura desceu significativamente. Quando saí de casa para levar a Margarida à escola, sentia-se a pele do rosto fustigada por um ar gélido que, nos espaços desabrigados, nos chegava ao jeito das rabanadas.

Mas, solarenga, a manhã estava tão bonita.



E a discussão do orçamento continua, lamentavelmente centrada no caso do Engenheiro Campelo.
No fórum da TSF a tónica dos ouvintes pautou pelo mesmo toque.

E a verdade é que teimamos em desperdiçar oportunidades irrepetíveis para nos aproximarmos da qualidade de vida dos países mais desenvolvidos da União Europeia.
As reformas permanecem por fazer.

Amanhã será a votação.

O deputado do Partido Popular que se associou aos socialistas para viabilizarem o orçamento, depois de tudo o que disse sobre a sua decisão, revelou antecipar-se à expulsão e abandonou o seu grupo parlamentar.


Até ao fim desta legislatura, pelo menos, o nosso parlamentarismo seráuma palhaçada.



Na aula de hoje os alunos realizaram cópias das palavras aprendidas até ao momento.



O eleitorado norte-americano está-se pronunciando sobre a composição do colégio eleitoral que irá votar o próximo Presidente dos Estados Unidos.

Ainda que, nas sondagens, George W. Bush leve vantagem nas intenções das preferências, parece que há a possibilidade de o candidato democrata vir a ser eleito para ocupar a sala oval nos próximos quatro anos.


Vamos ver o que acontece.



Estão a ver o nosso reino?
O Ministro Armando Vara encara a possibilidade de interferir na questão da arbitragem.

É Portugal na melhor forma.

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(1) Gomes, Luís F. de A., p. 6
SOB O PASSEIO A PRAIA

Alhos Vedros
00/11/07
Luís F. de A. Gomes


CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Gomes, Luís F. de A.- SOB O PASSEIO A PRAIA
“Crónicas do Tempo que Passa”
In “Notícias da Moita”, nº. 345, de 00/11/01